Apresentação: Delirium na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
1. Definição e Importância
- O que é Delirium na UTI?
- Distúrbio agudo e flutuante da atenção, consciência e cognição em pacientes criticamente enfermos.
- Prevalência: afeta até 80% dos pacientes em ventilação mecânica.
- Por que é Importante?
- Aumenta a mortalidade (risco até 3 vezes maior).
- Prolonga a internação na UTI e hospitalar (até 10 dias a mais).
- Eleva o risco de comprometimento cognitivo a longo prazo.
- Custos estimados nos EUA: US$ 4-16 bilhões anualmente.
2. Subtipos de Delirium
- Hiperativo: Agitação, inquietação, tentativas de remover dispositivos médicos.
- Hipoativo: Letargia, sonolência, responsividade reduzida (mais comum em idosos).
- Misto: Combinação de sintomas hiperativos e hipoativos.
- Sub sindrômico (SSD): Estado intermediário com sintomas leves (detectado em 33% dos pacientes).
3. Fisiopatologia
- Mecanismo exato pouco compreendido, mas envolve:
- Desequilíbrios de neurotransmissores (ex.: deficiência colinérgica, excesso de dopamina).
- Inflamação e resposta ao estresse agudo.
- Alterações na integração cerebral de informações.
- Benzodiazepínicos associados ao aumento do risco, possivelmente via efeitos GABAérgicos.
4. Fatores de Risco
- Modificáveis:
- Uso de benzodiazepínicos.
- Imobilidade.
- Fatores ambientais (ex.: falta de luz natural, isolamento).
- Não Modificáveis:
- Idade avançada.
- Demência pré-existente.
- Gravidade da doença (ex.: escore APACHE-II).
- Outros: Genética (ex.: alelo E4 da apolipoproteína), fatores pós-operatórios (ex.: perda sanguínea).
5. Diagnóstico
- Ferramentas Validadas:
- CAM-ICU: Avaliação à beira do leito de alterações mentais agudas e desatenção.
- ICDSC: Lista de verificação baseada no DSM, útil para SSD (escore > 4 indica delirium).
- Desafios:
- Subutilização das ferramentas por profissionais de saúde.
- Dificuldade em pacientes intubados ou sedados.
6. Estratégias de Manejo
Intervenções Não Farmacológicas
- Mobilização Precoce: Reduz a duração do delirium e melhora desfechos funcionais.
- Intervenções Multicomponentes:
- Protocolos de orientação (ex.: relógios, comunicação).
- Promoção do sono (ex.: redução de ruídos).
- Correção de déficits sensoriais e hidratação.
- Protocolo ABCDE: Combina despertar, coordenação respiratória, manejo do delirium e mobilidade.
Intervenções Farmacológicas
- Antipsicóticos:
- Haloperidol: Usado amplamente, mas sem evidência forte de redução da duração.
- Atípicos (ex.: quetiapina): Podem reduzir a duração, mas evidência limitada.
- Precauções: Prolongamento do QT, riscos em idosos com demência.
- Sedação:
- Dexmedetomidina: Preferível a benzodiazepínicos, reduz incidência e duração do delirium.
- Inibidores da Colinesterase: Não recomendados devido à falta de eficácia e riscos.
7. Profilaxia em Pacientes Pós-Operatórios
- Evidência limitada sugere que antipsicóticos (ex.: haloperidol, olanzapina) podem reduzir a incidência de delirium pós-operatório.
- Mais estudos são necessários antes de recomendações rotineiras.
8. Papel dos Farmacêuticos
- Essenciais para:
- Implementar protocolos de triagem de delirium.
- Otimizar regimes medicamentosos, minimizando drogas deliriogênicas.
- Desenvolver e gerenciar protocolos de sedação e delirium.
- Educar equipes de saúde sobre prevenção e tratamento.
Conclusão
- Delirium na UTI é uma condição complexa com impactos clínicos e econômicos significativos.
- Reconhecimento precoce com ferramentas validadas e intervenções não farmacológicas são fundamentais.
- Opções farmacológicas são limitadas; dexmedetomidina mostra promessa.
- Farmacêuticos são peça-chave na otimização do cuidado e melhora dos desfechos.
Esse resumo fornece uma visão estruturada do delirium na UTI, com pontos-chave destacados para uma apresentação clara e impactante. Dados adicionais (ex.: taxas de incidência específicas) podem ser incluídos conforme necessário para reforçar os slides.
Dra. Vera Meister é médica pediatra intensivista há mais de 20
anos.
Atua na medicina integrativa desde que se especializou em nutrologia médica e tem treinamento e
formação para realizar a maioria dos procedimentos estéticos existentes no mercado.
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